quarta-feira, 17 de março de 2010

ASILO MEU EXÍLIO. (Livro da Hana, uma página do que será meu livro, ele é triste eu sei, mas eu precisava dar meu grito de alguma forma.)
Meu coração não é um deserto, ainda tenho muitos sentimentos para doar, minha pele esta cheia de rugas, mas meu cérebro não envelheceu, ele é o mesmo, o cérebro devia envelhecer junto, então seriamos mais conformados, lembro de ter construído tantas coisas, e hoje me vejo aqui sem bagagem, estou seguindo com as mão vazias. Me lembro dos tempos, em que eu tinha brilho nos olhos, meus cabelos ainda não eram branco, e a minha pele tinha cor, as moças me viam como herói, nesta época eu tinha habilidade, era veloz, mais que os moços da minha cidade, costumava andar muitos kilometros, no lombo do meu cavalo, para buscar flores do campo para as moças, gostaria de ter conhecido a fonte da juventude, mas não conheci, hoje não faço mais nada disso, não sou mais veloz, não sou mais tido como herói, mas ainda sirvo, sei que posso ser útil, se vocês moços me derem uma chance, basta querer, eu posso passar meu aprendizado, me deixe tentar, eu podia ser um professor, para seu filhos, em cada ruga trago uma lição, minhas mãos calejadas, este é o meu diploma, mas não me deixam ensinar, eu poderia cuidar de crianças, embora com minha mão tremula, não possa mais colher flores, nem plantar por ter dor nas costas, mas posso ir ao seu jardim regar suas flores pra que elas cresçam, mas sei que posso ser útil, eu sei, mas gostaria que você moços soubesse também. Eu ainda tenho a luz da vida, meu coração ainda pulsa em mim, coloque a mão e sinta ele bate, estou a procura de um lugar, aqui não é meu lar, este mundo esta errado. Onde é meu porto seguro, meu destino, meu abrigo, não é aqui, neste lugar. (Hana por Hana)
Amor, alegria, força, coragem, e fé na vida, sempre. Não deixaremos as circunstâncias nos moldar, sempre estaremos na mesma frequência do bem, veremos que o relógio, o tempo, perde significado. Vamos ter a FORÇAS das Marias de Milton Nascimento...
Maria, Maria!! É um dom, uma certa magia. Uma força que nos alerta. Uma mulher que merece viver e amar. Como outra qualquer do planeta. Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor. É a dose mais forte e lenta. De uma gente que ri quando deve chorar. E não vive, apenas aguenta. Mas é preciso ter força. É preciso ter raça. É preciso ter gana sempre. Quem traz no corpo a marca. Maria, Maria. Mistura a dor e a alegria. Mas é preciso ter manha. É preciso ter graça. É preciso ter sonho sempre. Quem traz na pele essa marca. Possui a estranha mania. De ter fé na vida... (Minton Nascimento)