quinta-feira, 25 de novembro de 2010

REFLITAM E COMEÇEM A COMPRAR OS PRODUTOS DE FABRICAÇÃO NACIONAL, FOMENTANDO O EMPREGO EM SEU PAÍS.

Um determinado produto que o Brasil fabrica em um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões.A qualidade já é equivalente,e a velocidade de reação é impressionante.Com preços que são uma fração dos praticados aqui.Quando comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios,estamos perante uma escravatura amarela e alimentando-a.O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego que trabalha horas extras sabendo que não vão receber nada por isso.Atrás dessa "postura" está a grande armadilha chinesa.Não se trata de uma estratégia comercial, mas sim de uma estratégia " poder" para ganhar o mercado ocidental.Os chineses estão tirando proveito da atitude dos 'marqueteiros' ocidentais, que preferem terceirizar a produção ficando apenas com o que ela "agrega de valor": a marca.Dificilmente você adquire atualmente nas grandes redes comerciais dos Estados Unidos um produto "made in USA".É tudo "made in China", com rótulo estadunidense.Apenas lhes interessa o lucro imediato e a qualquer preço.Mesmo ao custo do fechamento das suas fábricas e do brutal desemprego. É o que pode-se chamar de "estratégia preçonhenta".Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila essas táticas, cria unidades produtivas de alta performance, para dominar no longo prazo. Enquanto as grandes potências mercadológicas que ficam com as marcas, com os designes,suas grifes, os chineses estão ficando com a produção, assistindo estimulando e contribuindo para o desmantelamento dos já poucos parques industriais ocidentais.Em breve já não haverá mais fábricas de tênis ou de calçados pelo mundo ocidental. Só haverá na China.Então, num futuro próximo veremos os produtos chineses aumentando os seus preços, produzindo um "choque da manufatura", como aconteceu com o choque petrolífero nos anos setenta. Aí já será tarde de mais.Então o mundo perceberá que reerguer as suas fábricas terá um custo proibitivo e irá render-se ao poderio chinês.

Perceberá que alimentou um enorme dragão e acabou refém do mesmo.Dragão este que aumentará gradativamente seus preços, já que ele será quem ditará as novas leis de mercado, pois será quem manda terá o monopólio da produção.Sendo ela quem possuirá as fábricas, inventários e empregos é quem vai regular os mercados .Iremos, nós e os nossos filhos,netos,assistir a uma inversão das regras do jogo atual que terão nas economias ocidentais o impacto de uma bomba atômica, chinesa. Nessa altura em que o mundo ocidental acordar será muito tarde.Nesse dia,os executivos olharão tristemente para os esqueletos das suas antigas fábricas,e chorarão sobre as sucatas dos seus parques fabris desmontados.E então lembrarão, com muitas saudades, do tempo em que ganharam dinheiro comprando "balatinho dos esclavos" chineses, vendendo caro suas "marcas- grifes "aos seus conterrâneos. E então, entristecidos, abrirão suas "marmitas" e almoçarão as suas marcas que já deixaram de ser moda e, por isso, deixaram de ser poderosas pois foram todas copiadas.
(Luciano Pires diretor de marketing).