domingo, 27 de novembro de 2011

Nossa mãe natureza!

Fim de semana em São Luiz do Purunã Pr. um ParaísoQuando surge a madrugada vai-se a lua cor de prata envolvendo toda a mata, passa a brisa a sussurrar. Os passarinhos a cantar em revoada anunciam a alvorada novo dia vai chegar...
Lá no sertão reina a alegria no coração, vem a luz do Sol brilhando sobre a relva das campinas e as águas cristalina vence rios a correr...
A natureza mais formosa e mais bela, representam a aquarela no alvor do amanhecer. Lá no sertão, reina a alegria no coração...
Como é bonito estender-se no verão as cortinas do sertão, nas varandas das manhãs deixar entrar pedaços de madrugada e sobre a colcha azulada dorme calma a lua irmã...
Cheiro de relva traz do campo a brisa mansa que nos faz sentir criança a embalar milhões de ninhos. A juriti madrugadeira da floresta com seu canto abre a festa revoando toda selva o rio manso caudoloso. Se agita parecendo achar bonita a terra cheia de relvam a relva esconde as florzinhas orvalhadas quase sempre abandonadas nas encostas dos caminhos...
O sol vermelho se esquenta a aparece o vergel todo agradece. Pelos ninhos que abrigou botões de ouro se desprendem dos seus galhos, são as gotas de orvalho de uma noite que passou...
Neste pedaço de chão no coração do sertão encontrei meu lugar. Têm peão de boiadeiro que vive a laçar. Têm tanto amor verdadeiro que nunca vai faltar.
Lenda de animais e rios, aves, flores, desafios este é o meu lugar. E no final do dia o fogo faz companhia, e um violeiro toca pra gente sonhar. Aqui não se vê tristeza, em meio à natureza, no coração sertanejo é que é o meu lugar...
Aqui não se vê tristeza, em meio à natureza, e o coração sertanejo é que é o meu lugar andei, andei...Até encontrar.
Ai quem me dera sabiá... Também ter asas pra voar...E ver do alto a natureza...Perceber toda beleza...A razão do teu cantar...
Não há, oh gente oh não, Luar como esse do sertão...Oh que saudade...Do luar da minha terra...Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão...
Este luar cá da cidade...Tão escuro...Não tem aquela saudade...Do luar lá do sertão...Não há, oh gente oh não, Luar...Como esse do sertão...
Se a lua nasce...Por detrás da verde mata...Mais parece um sol de prata...Prateando a solidão...
E a gente pega...Na viola que ponteia...E a canção...É a lua cheia...A nos nascer do coração...
Coisa mais bela...Neste mundo não existe...Do que ouvir-se um galo triste...No sertão, se faz luar...Parece até que a alma da lua...É que descanta...Escondida na garganta...Desse galo a soluçar...
O grande Mestre do céu, nosso Criador quando nascemos um dom nos dá. E cada um segue a vida, o seu destino e nós nascemos só pra cantar...Quem canta os males espanta a gente é feliz tal qual um pássaro livre no ar, pensando bem nós temos algo em comum, porque nascemos só pra cantar...
Eu sou água dos rios nas veias da Terra...A dar de beber as sedentas sementes...Eu sou a nascente, o cerrado a serra...Eu sou o grito de dor da madeira ferida a relva, a selva, a seiva da vida...
Quem envenena meus mares, me queima e desmata...Me sangra sem pena, aos poucos me mata...
Não vê que eu sou o espelho de Deus...Eu sou a natureza indefesa...Não me trate assim...Eu sou a águia, a baleia e o angelim...Somos irmãos da Terra...Pedra, bicho, planta, gente, enfim...
Pra que essa vida viva...Cuida bem de mim...Eu sou o sol das manhãs sobre...minhas campinas...O frio das neves, as claras colinas...Os pássaros livres, a sombra que resta...
Eu sou o bicho do mato, a flor pantaneira...Eu sou a savana, a serpente a palmeira...O cheiro do verde que vem da floresta...Sou cavaleiro do mundo eu sou a boiada...Eu sou o estradeiro e o pó...Da estrada...Sou crença nos elhos dos homens ateus...Quem me devasta, me fere, me caça, me extingue...Me arranca as raizes, não deixa que eu vingue...Não pode se ver no espelho de Deus...Eu sou a natureza. Cuida bem de mim...
(Composição Chitãozinho e Xororó)

Muito obrigada amores meus!!